12 de agosto de 2009

C'est fantastique!

Sim, é impressionante como uma fotografia que você fez, diz tanto sobre você. E como várias fotografias que você fez, juntas, te dissecam, te exploram, dizem quase tudo sobre você! Me assustei, até.

Mas existe um limite, justamente aquele que define que esta vida é a minha e não a sua. É fácil eu perceber minhas coisas, preferências, ideologias, medos e conflitos nas minhas fotografias. Não sei até que ponto, esse discurso impresso em papel (ou contemporaneamente exposto em pixels) é capaz de dizer coisas que não se saiba a respeito do fotógrafo.

O óbvio surge, claro, é a pele, é o que salta para fora, o externado. Mas o que instiga são as entranhas, o que está dentro e não se conhece. Essa outra parte, só uma conversa com o autor pode resolver. Se não, é tudo conjuntura, especulação, psicanálise de terceira. Na melhor das hipóteses, a conversa confirma as conjunturas e hipóteses. E aí, a fotografia surge novamente como algo "revelador" e encantador.

C'est fantastique!

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