5 de abril de 2009

Coexistência

Estavam lá: secos, retorcidos, queimados, no chão. Caíram já mortos provavelmente. Não tiveram tempo de fugir, se defender, negociar. Dezenas. Mortos.
Colocaram-se no caminho de um carro, no alto de uma garagem, na frente de um portão. À frente do capitalismo, do salário por hora trabalhada, dos quinze minutos de atraso intoleráveis. Inocentes, ingênuos. Nada entendem de horas, dias, calendários... não sabiam que ali onde estavam, o simples defender da prole lhes custariam as vidas.
Vespas, marimbondos. Até quando morrerá queimado, violentado, o que por motivo ou outro, cruza o caminho de um mais forte? Ou quem. Índios, judeus, Harvey Milk?
Quando ficará claro que é possível o coexistir?

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